terça-feira, 30 de setembro de 2008
TP668-07501145 - Começar por baixo
Voltam a subir um pouco, a pouco e… Amsterdam Central. Tina, a Nico, e siga que para baixo é q é caminho. À procura de hostel. The Flying Pig – Downtown, 105; baixo o suficiente. Aliás, o normal. Dois acabados a dormir, um deles por sinal na minha cama. Aproprio-me de outra cama, tudo bem. Pensava eu que tudo estava calmo, heis quando, entra um jovem com ar nórdico, que de frente para mim, sem dizer nada e durante uns bons segundos, troca a direcção do olhar entre os meus olhos e o beliche ocupado. Ah, e que tinha entrado à “boleia”, ou seja, sem passar o cartão, do bacano da limpeza que estava a sair. “Do you know those guys?”, perguntei. Ao que ele responde “No, do you?”, com um tom liiigeiramente agressivo. Começa a abanar o de cima e pronto, estava a começar as ver as coisas mal paradas. Os bacanos estavam, digamos a descansar profundamente, não sabiam, mas estavam nas camas erradas, na minha e na do “ar de nórdico”. Houve momentos tensos. Assisti sem dizer nada, até que resolvi intervir e sugerir que trocássemos, ficavam eles como estavam. Acalmou, tudo na boa. Os dois franceses, que vieram aqui basicamente para se enchaminarem são boa onda; quando acordaram, pediram-me desculpa mas que nem tinham visto os números das camas. Agora o “ar de nórdico” já me disse que quer saber quando eles se vão embora porque quer ir para a cama dele. Pronto, ele que vá.
Voltinha pela cidade com almoço no Mac.
Café, água e passado um pouco, capuccino, numa esplanada a ler. Pervaporation.
De volta ao curral e então sim, apresentou-se o “ar de…”, Filandês. «Been in the Army for 6 months». «on a, how do you say it, interrail travel». E com uma panca desgraçada. A verdade é que já me cravou duas chamadas para a terra dele. Ah, “I have been in Portugal” e coiso, “comprei um cartão Vodafone que não dá no meu telefone”, “deixa lá aí ver se dá no teu telefone” e um gajo cai. Meia hora a ouvir histórias, sai «for a walk», volta, mais uma hora a ouvir histórias e desesperou com a minha falta de cooperação social. Bazou, «for a beer». «A few years ago, when I was younger I use to smoke a lot, now I smoke less and drink more». «A lot believe me».
Net. E fui jantar. Mac.
Tenho estado aqui semi deitado semi sentado. Vou deitá-la.
Ainda há mais para contar mas vou fazer render o peixe. Quer dizer o porco. Aqui, nos documentos do hostel referem-se a pessoas na minha posição como «piggies».
Estou mesmo, mesmo baixo. Eheh
sábado, 13 de setembro de 2008
Não me lembro onde nem quando, mas já tinha ouvido falar dele...
Exactamente durante uma estadia de estudo, e divertimento claro está - não faria sentido de outra forma -, nessa bela localidade Britânica de aspecto medieval, que esteve um dia muito perto de se tornar a capital de Inglaterra.
Num passeio pela cidade em busca de souvenirs, deparo-me com o poster (imagem em baixo)... lembro-me perfeitamente de tentar perceber onde, entre a blasfémia e a mais pura e inocente brincadeira, se situaria aquele conceito, mas fosse como fosse fascinou-me e troxe-o comigo!
No aeroporto quis seguir para uma qualquer paragem diferente da minha, quer dizer, perdi-o.
Apesar da magnífica experiência que a viagem tinha sido, estava angustiado, a sério, culpava-me como se me tivesse vindo embora e deixado para trás um amigo, sem ao menos ficar com o contacto. Foram tempos difíceis...
Mais tarde reencontrei-o nos Restauradores, calmíssimo, encostado a uma parede - afinal sempre quis ter vindo para Portugal. Mais uma vez, trouxe-o comigo, mas desta não mais o perdi de vista.
Esteve bastante tempo encostado à parede do meu quarto.
O quão inocente eu era...
Muito mais que a própria sátira que ele traduz. É que só há muito pouco tempo percebi, que um dos grandes mistérios do la Gioconda, é precisamente o tipo de sorriso que ela mostra. Vá-se lá saber que tipo de maluquices andaria ou não Lisa del Giocondo a fazer!
Quinze anos passados e heis que o Leonardo resolve apresentar-se-me formalmente.
Leonardo da Vinci começou por dar-se a conhecer ao mundo como Pintor. No entanto, o seu vasto leque de interesses, a sua astúcia e vontade de desenvolver, fizeram-no ser reconhecido como um homem Sábio, que se distinguiu também como Matemático, Engenheiro, Inventor, Anatomista, Escultor, Arquitecto, Botânico, Músico e Escritor.
Na imagem à esquerda, foi como se auto-retratou, já nos últimos anos da sua vida.
Nasceu filho bastardo, adoptou o nome da terra onde nasceu - Vinci -, e apesar de ter feito quase toda a sua vida no seu país, transpôs inúmeras fronteiras no mundo do conhecimento.
Quem diria que tanto tempo passado da sua morte se dedicaria a uma nova actividade, a de "Student-to-Professionalship Angel".
"Grazie mille" Leonardo!!!